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domingo, 2 de agosto de 2009

Quero casar com uma bananeira!
Gênero Narrativo - Crônica
Autor: ROSSANA CARELLA
17.06.09
É impressionante o poder da crença de um ser humano. A capacidade que ele tem de montar sua própria história baseado em crenças lidas, passadas de forma oral, enfim, pouco importa a forma como adquiriu a crença, mas sim, o como ela se torna uma verdade levada para o resto de sua vida...é um fio condutor capaz de orientá-lo ao longo de sua jornada, com suas normas e diretrizes. Me chamou a atenção o outro dia a forma como os hindus vêem uma mulher que nasce por exemplo com um destino ruim para o casamento. A mesma tem antes que se casar com um elemento da natureza, uma bananeira por exemplo, uma cachoeira...uma montanha... Custa-me acreditar que isto pode ser uma verdade irrefutável, mas a é para eles. Me remete ao filme QUEM SOMOS NÓS, documentário feito por cientistas que prova por meio da física quântica que somos o que pensamos, que geramos nossa realidade por meio dos nossos pensamentos. Somos produtos de nossas crenças, que coisa maravilhosa e ao mesmo tempo assustadora. Pois há tantas crenças, esta da bananeira é inofensiva, até poética podemos dizer, mas imaginem crenças bizarras ou que prejudiquem outro ser, que triste. Casar com uma bananeira...meu Deus, acreditar que com isto nos purificamos e libertamos nossa alma de um carma ruim para depois sim poder casar com um ser humano. Imaginem, então, outras culturas que nos olham com nossos costumes, o qual bizarro também devem nos achar. E assim é a humanidade... como uma grande coletânea de peças de teatro, cada um com seus scripts, personagens, cenários, a representar suas verdades.... e são tantas... Que caldeirão "criativo" que é a humanidade... repleto de histórias e escolhas que ao ver de cada um se afinam com sua identidade.... Quero casar com uma bananeira....bem, se eu tivesse que casar com uma bananeira, haveria sim algumas vantagens:
  • a bananeira não fala
  • não discute
  • não me contradiz
  • não me dá trabalho
  • não me trai
  • não me pede pra lavar suas cuecas
  • deixa eu assistir minhas novelas
  • não fica com o controle remoto pra cá e pra lá
  • me deixa ter minhas plantinhas sossegada
  • me deixa demorar horas na maquiagem antes de sair
  • não vive a me apressar
  • não fica me controlando pra onde vou ou deixo de ir
  • não fica me perturbando com que tipo de roupa vou
  • não me pede para cozinhar
  • está lá sempre firme e forte e tem um prazo de durabilidade até que interessante, a ponto de não me enjoar....porque as bananeiras também tem prazo de validade...o bom que é curto! A fim de que possa logo casar com outra!!!

É!!!!

Bananeiras...se cuidem...

Estou de olho em vocês!!!

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vocêsabeessa

EU SOU SIMPLESMENTE LINA.

PRECONCEITO

MEUS AMIGOS Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril. Oscar Wilde