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domingo, 30 de agosto de 2009

Cuidado com o que você fala Hoje em dia, devido aos mais diversos meios de comunicação, estamos já acostumados a ouvir palavras, que antes eram restritas aos meios clínicos dos profissionais da área de saúde, principalmente da psicologia, como traumas, depressões, estresses, etc. Termos já tão banalizados que se encontramos alguém hoje triste, um pouco amoado, dormindo um pouco mais que o normal, pronto, já o rotulamos de “depressivo”. Se alguém nos trata com um pouco mais de agressividade, logo pensamos, “Ih, esse cara tá traumatizado.” Se está nervoso? Está estressado. E assim por diante. Uma das coisas que mais nos causam estes mal-estar, é a linguagem, ou melhor as palavras que dizemos e ouvimos. Ela pode nos trazer alegria, tristeza, medo, coragem, traumas, depressões, etc. A linguagem dirige nossos pensamentos para direções específicas e nos ajuda a criar a nossa realidade, aumentando, diminuindo ou limitando nossas possibilidades. A habilidade de usar a linguagem com precisão é essencial para nos comunicarmos melhor. A seguir, estão algumas palavras e expressões a que devemos estar atentos quando falamos, porque elas podem nos atrapalhar: 1. Cuidado com a palavra “não”. A frase que contém “não”, para ser compreendida, traz à mente o que está junto com ela. O “não” existe apenas na linguagem e não na experiência. Por exemplo: “Pense em ‘não’...” (não vem nada à mente). Agora vou lhe pedir “Não pense na cor amarela”. Eu pedi para você não pensar no amarelo e você pensou. Então, procure falar no positivo, o que você quer e não o que você não quer. Isso não quer dizer que não tenhamos que dizer não as vezes. Tem vezes que Precisamos e Devemos dizer não 2. Cuidado com a palavra “mas”, que nega tudo que vem antes. Por exemplo: “O Pedro é um rapaz inteligente, esforçado, mas...”. Substitua “mas” por “e” quando indicado. 3. Cuidado com a palavra “tentar”, que pressupõe a possibilidade de falha. Por exemplo: “Vou tentar encontrar com você amanhã às 8h”. Tenho grande chance de não ir, pois, vou “tentar”. Evite “tentar” e “faça”. 4. Cuidado com as palavras “devo”, “tenho que” ou “preciso”, que pressupõem que algo externo controla sua vida. Em vez delas, use quero, decido, vou. 5. Cuidado com “não posso” ou “não consigo”, que dão a idéia de incapacidade pessoal. Use “não quero”, “não podia” ou “não conseguia”, que pressupõem que vai poder ou conseguir. 6. Fale dos problemas ou das descrições negativas de si mesmo utilizando o verbo no tempo passado. Isto libera o presente. Por exemplo: “Eu tinha dificuldade de fazer isso”. 7. Fale das mudanças desejadas para o futuro utilizando o tempo presente do verbo. Por exemplo, em vez de dizer “Vou conseguir”, diga “Estou conseguindo”. 8. Substitua “se” por “quando”. Por exemplo, em vez de falar “Se eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar”, fale “Quando eu conseguir ganhar dinheiro vou viajar”. “Quando” pressupõe que você está decidido. 9. Substitua “espero” por “sei”. Por exemplo, em vez de falar “Eu espero aprender isso”, fale “Eu sei que eu vou aprender isso”. Esperar suscita dúvidas e enfraquece a linguagem. 10. Substitua o condicional pelo presente. Por exemplo, em vez de dizer “Eu gostaria de agradecer a vocês”, diga “Eu agradeço a vocês”. O verbo no presente fica mais concreto e mais forte. E, principalmente, seja sempre muito claro e cuidadoso no que quer expressar, seja sobre você ou outra pessoa. Porque muitas vezes deixamos de falar o que pensamos, o que queremos, sempre “achando” que o outro entendeu o que queríamos dizer, ou o que expressamos por gestos. Deixemos os “achismos” de lado e sejamos claros em nossos sentimentos, em nossa comunicação, para evitarmos problemas futuros como ansiedade (quando ficamos questionando se o outro entendeu o que falamos, se vai fazer o que queremos, etc... etc... ou o pior, o que o outro quis dizer com tal coisa assim que fez?); medo (de termos dito algo que não devíamos e vai ficar complicado voltar atrás); traumas (de coisas que ouvimos sobre nós e que nos doeram, nos fizeram ficar ressentidos) etc. Gente, pensem bem. Uma palavra, um gesto, um pensamento, uma idéia, um sentimento mal colocado, mal esclarecido, pode causar tantos problemas! Então vamos procurar nos comunicar da melhor forma possível. Pensemos: Como tenho me comunicado ultimamente? Tenho usado mais palavras afetuosas ou agressivas? Tenho sido claro em minha comunicação? Não se esqueçam: Palavras afetuosas e elogios tornam harmoniosos o lar e o local de trabalho. Vou contar um estória: “Um casal estava completando suas bodas de 50 anos de casados. A mulher, levantou-se antes do seu marido, como fazia todas as manhãs de todos os dias do seu casamento, para preparar o café da manhã do casal. Enquanto preparava o café da manhã, seu esposo já levantara e estava cuidando da sua higiene pessoal. Após a mesa arrumada, ela chamou seu marido para, juntos, realizarem a primeira refeição da manhã. Após os dois estarem sentados à mesa, cada um arrumando sua refeição, ela, a esposa, pegou um pedaço de pão para passar manteiga e entregar ao seu marido. Ao pegar o pão, pensou: “Hoje não vou dar a casquinha do pão para ele. Vou dar o miolo. Afinal, ele come a casquinha há 50 anos e eu só como o miolo. Hoje eu vou comer a casquinha. E vou ver o que ele vai dizer”. Depois que pensou isso, passou manteiga no miolo do pão e deu ao seu marido. Este, ao pegar o que ela lhe dava, agradeceu: - Obrigada, querida!, como fazia durante todos esses anos. Ela, sentindo-se vitoriosa, comeu sua casquinha com muito prazer e satisfação. Mas isso não lhe agradou totalmente, porque viu que seu marido também saboreava o miolo do pão com muito gosto. Ela não entendeu nada. E como ele não reclamou, ficou muito intrigada, até que não agüentou e perguntou: -“Querido, há anos, todas as manhãs do nosso casamento, que lhe dou a casquinha do pão e você come, e eu o miolo. Hoje troquei, dei-lhe o miolo e comi a casquinha, que é a parte do pão que mais gosto, e você não reclamou!”, disse admirada. – “Você não vai reclamar do miolo, já que sempre gostou mais da casquinha?” Foi quando o marido respondeu: -Ué, mulher, eu sempre comi a casquinha porque pensei que você gostasse mais do miolo, mas o que eu gosto mesmo é o miolo, só comia a casquinha para lhe agradar e fazê-la feliz. Vocês viram quantos anos de insatisfações esses dois viveram porque viviam de “achismos”? Se tivessem sido mais claros um com o outro não teriam evitado toda essa confusão? É isso aí, pessoal. Vamos ser claros na nossa forma de pensar, de nos expressar para evitar confusões que podem trazer sofrimentos em nossas vidas. Ninguém tem bola de cristal e é adivinho. Então sejamos claros. . Beth Ghimel )O( "Teus olhos em meu coração, meu coração em tuas mãos" BB

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EU SOU SIMPLESMENTE LINA.

PRECONCEITO

MEUS AMIGOS Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril. Oscar Wilde