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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O Que Está Acontecendo com a Nossa Economia?

A recente e violenta queda em Wall Street deixou o mundo em choque. É hora de mudarmos nossos sistemas na raiz do problema de desejarmos sair desta crise econômica

Os eventos em torno da economia Americana e global provam que desta vez é sério - a ecônomia global está numa profunda crise. Hoje, a pergunta de um milhão (ou devemos dizer, bilhão) de dólares é, “Como construir um sistema econômico verdadeiramente viável e estável”?

Não precisamos ser um brilhante economista para achar a resposta, diz a sabedoria da Kabbalah. Temos apenas que entender que o plano da Natureza é fazer com que todos os segmentos trabalhem em uníssono e, na sociedade humana, isto significa que o trabalho de cada indivíduo deve beneficiar a totalidade da sociedade.

O melhor exemplo de tal comportamento é um organismo vivo, cujas células se interconectam e funcionam de maneira a beneficiar o corpo como um todo. Em seu artigo, “Construindo a Sociedade Futura”, o cabalista Yehuda Ashlag escreve, “…cada membro é obrigado pela Natureza a receber as necessidades individuais da sociedade, e beneficiar a sociedade através do trabalho individual”.

Assim, no sistema econômico, da mesma forma que em qualquer sistema social, interdependência é o nome do jogo. O problema é que a base do comportamento humano, que dirige todos os sistemas econômicos e sociais, é o ego, que sempre privilegia os estreitos interesses pessoais dos investidores e acionistas acima do bem comum do povo. A posse da riqueza, honra e controle às custas de outros é a prioridade mais alta dos donos das empresas.

Claramente, isto não está de acordo com os planos da Natureza de tornar as partes unidas e em mútuo compartilhamento e, assim, a existência de nossos sistemas econômicos atuais não é tolerada pela Natureza. De fato, os sistemas que desenvolvemos na sociedade humana permanecem em completo contraste com o sistema da Natureza.

Se o sistema econômico quiser sobreviver, deve alinhar-se com o modelo da Natureza. E para que isto aconteça, uma série de passos iniciais deve ser dados: *Todos os canais de mídia existentes devem ser utilizados a fim de conscientizar as pessoas de que todos nós constituímos um corpo multi-celular no qual estamos todos interconectados. Toda e qualquer célula (pessoa) neste sistema universal deve entender que o modelo econômico mais rentável para o indivíduo é aquele que trás alegria para os outros.* O público tem que se tornar consciente das verdadeiras razões da crise. As pessoas devem entender que a Natureza tem um plano para nós, e que a turbulência que ora vivenciamos é o resultado de agirmos contra este plano.

*Os responsáveis por decisões terão que aprender como funciona o sistema geral da Natureza, e quais as implicações disso para as necessárias mudanças nos sistemas humanos, incluindo o sistema econômico. Baseado neste conhecimento, eles deverão implementar as correspondentes mudanças de forma a restabelecer o equilíbrio entre nosso sistema social e o plano da Natureza.

Somente quando começarmos a pensar e trabalhar nesta direção, obteremos sucesso em tirar o mundo da lama em que se encontra preso hoje em dia e levá-lo a solo seguro.

Traduzido por: Geraldo Costa

Tudo começou com o crescimento do mercado de imóveis americado, logo após a crise das empresas “pontocom” ou “dot com”, em meados de 2001. Após tal crise o mercado de imóveis se aqueceu e o FED (Federal Reserv - Banco Central (BC) Americano) resolveu abaixar os juros para incentivar o crédito e o consumismo. Aliás, mais do que incentivar, o FED queria era reencorajar as pessoas a tomarem empréstimos, financiamentos, etc. Pois bem, a tática do FED funcionou e o mercado imobiliário se aproveitou disso, principalmente depois de 2003 quando os juros para financiamento de imóveis chegou a 1% ao ano, o menor em 50 anos nos EUA. Em 2005 o “boom” no mercado imobiliário ia a todo vapor e comprar um imóvel, ou mais de um, era fácil e também considerado um bom investimento, visto o aquecimento do mercado. Nesta época as hipotécias cresceram absurdamente. Hipotecar um imóvel é o ato de refinanciar este imóvel, ou seja, vamos supor que um imóvel valha U$ 100.000,00. Você pega U$ 100.000,00 e paga a hipotéca todo mês e usa os U$ 100.000,00 para gastar no que você quiser. É uma prática bem comum nos EUA. Nesta época algumas empresas que faziam as hipotecas descobriram um nicho de mercado que não era explorado: o crédito “subprime”. Crédito “subprime” é um tipo de crédito considerado de segunda linha, ou seja, para pessoas de baixa renda e com histório de inadimplência. Logicamente que este tipo de crédito tem muito mais risco envolvido, pois as garantias de recebimentos são bem pequenas. Também é lógico que por ser mais arriscado os lucros que incidem em tais créditos são bem maiores. Agora começam os problemas. Atraidos pelas promessas de altos ganhos com o crédito “subprime”, bancos e fundos de pensão compraram tais títulos das empresas de hipotécas, permitindo que tais empresas tivessem mais capital para emprestar sem ter recebido nenhum cetavo do primeiro empréstimo. Vamos exemplificar para facilitar o entendimento. O Sr. Firmino hipoteca sua casa no valor de R$ 10.000,00. A empresa de hipoteca paga R$ 10.000,00 ao Sr. Firmino para que ele faça pagamentos mensais de R$ 200,00 durante 100 meses totalizando R$ 20.000,00. Um bom lucro de 100%. O Sr. Firmino é um baita de um caloteiro, mais como é considerado “subprime” ele consegue crédito mesmo assim. Bom, o Sr. Pedro é o gestor de um fundo de pensão, como PREVI, Real Grandeza, e outras do Brasil, e resolve comprar tais títulos da dívida do Sr. Firmino com a empresa de hipoteca. A empresa de hipoteca vende o crédito concedido ao Sr. Firmino por R$ 15.000,00 sendo que tal crédito renderá R$ 20.000,00 ao final dos 100 meses. Agora a empresa de hipoteca, sem ter recebido nada do Sr. Firmino, já tem mais R$ 15.000,00 para emprestar. O Sr. Pedro, como um bom gestor, vende estes títulos para outros investidores, com promessa de altos lucros. Agora, advinhem o que vai acontecer se o Sr. Firmino não pagar a dívida? Se isso acontecer toda a cadeia que envolve a empresa de hipoteca, o fundo de pensão do Sr. Pedro e os investidores que compraram os títulos dele, será prejudicada por falta de dinheiro. É isso que está acontecendo hoje. As pessoas que contrairam crédito não estão conseguindo pagar, gerando um volume enorme de inadimplência e um medo em todo mercado em relação a títulos “subprime”, que apesar de serem de alta lucratividade, não tem mais garatia de recebimento. Na verdade nunca teve, na prática. Em 2006 os preços dos imóveis americanos atingiram seu valor máximo e começaram a cair. Os juros do FED que vinham subindo para frear a infração, começou a afastar os compradores pois o crédito naturalmente começou a encarecer. Com isso a oferta de venda começou a superar a demanda de compra de imóveis, fazendo o preço dos imóveis despencar e as taxas de inadimplência subirem exponencialmente. Com os juros mais altos as pessoas não conseguiam pagar seus empréstimos gerando um medo de calotes por parte das empresas de hipotéca, diminuindo o crédito e desacelerando fortemente o crescimento da economia nos EUA. Quanto menos crédito, menos gente compra alguma coisa e logicamente menos dinheiro circula, gerando um problema de liquidez (dinheiro disponível). Mais como isso pode atingir o mundo todo? Simples, lembra das pessoas que compraram os títulos do Sr. Pedro do exemplo que dei acima? Pois bem, tais pessoas podem estar em qualquer lugar do mundo e a falta de dinheiro, por não pagamento de tais títulos, chega até elas afetando os mercados financeiros de todo o mundo. Isso é a globalização. Os primeiros efeitos da crise foram sentidos ainda no ano passado, pelo BNP - Paribas Investment Partners, divisão do banco francês BNP Paribas, congelou cerca de 2 bilhões de euros dos fundos Parvest Dynamic ABS, o BNP Paribas ABS Euribor e o BNP Paribas ABS Eonia, prevendo problemas com os títulos “subprime” dos Estados Unidos. A reação do mercado imobiliário, diante da medida tomada pelo BNP Paribas, não poderia ter sido outra a não ser pânico. Uma das maiores empresas de hipoteca dos EUA, a American Home Mortgage (AHM) pediu concordata e a Countrywide Financial, outra gigante do setor hipotecário, teve que ser comprada pelo Bank of America para não quebrar também. Também vale lembrar que vários outros grupos financeiros e bancos ao redor do mundo perderam bilhões com os titulos “subprime”. Recentemente as empresas Fannie Mae e Freddie Mac, duas gigantes do meio hipotecário, também deram sinais que poderiam quebrar. Estas duas empresas eram detentoras de metade dos 12 Trilhões em empréstimos para moradia nos EUA. O Departamento do Tesouro americano interveio e anunciou uma juda de até U$ 200 bilhões. Já o banco Lehman Brothers não teve tal ajuda e acabou pedindo concordata após negociações para injeção de dinheiro e até mesmo empréstimos do governo foram por água a baixo. Com a concordata do Lehman Brothers, o banco Merrill Lynch ao Bank of America foi vendido, uma ajuda de U$ 85 bilhões foi concedida a seguradora AIG por medo de quebra por falta de fontes de captação de empréstimos, a quebra do banco de empréstimos em poupança (”savings & loans”) Washington Mutual - considerada pelos especialistas como a pior quebra de um banco americano -, venda do banco Wachovia que era o quarto maior banco dos EUA e anunciou fusão com o banco Wells Fargo, em uma operação de US$ 15,1 bilhões em troca de ações. Os problemas do Wachovia têm boa parte de sua origem na aquisição da companhia hipotecária Golden West Financial em 2006, por cerca de US$ 25 bilhões, quando o mercado imobiliário ainda estava em um momento de euforia. Com a compra, o Wachovia assumiu US$ 122 bilhões em hipotecas do tipo ‘Pick-A-Payment’, na qual a Golden West era especialista. Nessa modalidade, os mutuários tinham permissão para deixar de fazer alguns pagamentos. Para combater esta onda de falências entre seus bancos, o Congresso Americano aprovou um plano de ajuda de U$ 700 bilhões. O plano do governo americano é comprar justamente os títulos “podres”, que são títulos com resgate quase improvável, cuja grande maioria são títulos vindos do crédito “subprime” do sistema hipotecário americano. O melhor neste momento é ter bastante cautela e ficar muito atento aos movimentos do mercado financeiro. Se você tem dinheiro investido na bolsa o melhor a fazer é esperar e não tomar nenhuma atitude brusca. Vamos torcer para isso passar logo.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Portugal Digital - 27/01/2009 Setor sucroalcooleiro é o que mais utiliza mão-de-obra escrava, diz Pastoral da Terra
Brasília - Dos 5.244 trabalhadores que foram resgatados em situação análoga à de escravo em 2008, a partir de 214 denúncias, 2.553 trabalhadores – ou 49% do total – estavam no setor sucroalcooleiro, e isso tem prejudicado a compra de álcool por países e investidores estrangeiros, que acabam associando este biocombustível ao trabalho escravo. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), entidade responsável pela Campanha Nacional de Prevenção e Combate ao Trabalho escravo, a pecuária está em segundo lugar neste ranking, com 1.026 trabalhadores resgatados. “Parte disso se deve ao crescimento do setor sucroalcooleiro e do agronegócio de grãos nos cerrados centrais e nas regiões de fronteira agrícola”, disse o coordenador da campanha da! CPT, Frei Xavier Plassat. “Dados da campanha mostram que as áreas geográficas de concentração já antiga ou de expansão recente da cana-de-açúcar aumentaram dramaticamente sua participação no total de libertados em flagrantes de trabalho escravo nos últimos dois anos. Basta constatar que a região Norte, que sempre liderou esses números no passado, está em 2008 no terceiro lugar pelo número de libertados (19,1%), após o Nordeste (28,6%) e o Centro-Oeste (32,1%)”, afirmou. Em 2007, o Centro-Oeste já havia assumido essa liderança, com 40,3% dos libertados, seguido pelo Norte, com 34,1%, e pelo Nordeste, com 12,4%. Os estados campeões em números de denúncias continuam sendo Pará, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins. A diferença apresentada no estudo relativo a 2008 foi que o Pará, há ! anos primeiro lugar também no número de trabalhadores resgatados, ficou dessa vez em segundo lugar, com 811 trabalhadores resgatados em 109 casos. Em primeiro lugar ficou Goiás, com 867 trabalhadores libertados em seis casos. A terceira posição ficou com Alagoas, com 656 trabalhadores resgatados em 3 casos; e Mato Grosso, com 578 resgatados em 32 casos. “Pelo número de casos encontrados, porém, a Norte continua líder incontestado entre as regiões, com cerca da metade (48%) das ocorrências de trabalho escravo, contra 18% no Centro-Oeste; 18% no Nordeste; e 8% no Sul e 8% no Sudeste. A Amazônia concentrou, em 2008, 69% dos registros de trabalho escravo, 49% dos trabalhadores nele envolvidos e 32% dos resgatados, demonstrando a persistente dificuldade de acesso da fiscalização neste bioma”, argumenta o coo! rdenador da Pastoral da Terra. Em nota, a Pastoral informou que desde 2007 a utilização de mão-de-obra análoga a escravo tem crescido no setor da cana-de-açúcar na mesma velocidade que aumenta o interesse do governo nessa cultura. “Com o discurso favorável ao aumento da produção de biocombustíveis o governo tem desconsiderado os impactos e as conseqüências da produção desenfreada em busca de lucro, e isso tem levado governos de outros países e investidores estrangeiros, a se mostrarem reticentes em comprar álcool brasileiro por causa do estigma de trabalho escravo carregado por esse produto”, diz a nota. As informações são da Agência Brasil.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

"Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade." Mário Quintana

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Receita de Alegria

Joga fora todos os números não essenciais para tua sobrevivência.

Isto inclui: idade, peso e altura. Que eles preocupem ao médico. Para isto o pagamos. Conviva, de preferência, com amigos alegres. Os pessimistas não são convenientes para ti.

Continua aprendendo...

Aprenda mais sobre computadores, artesanato, jardinagem, qualquer coisa... Não deixe teu cérebro desocupado. Uma mente sem uso é oficina do diabo. E o nome do diabo é “Alzheimer”.

Ria sempre,

muito e alto. Ria até não poder mais. Inclusive de ti mesmo! Quando as lágrimas chegarem: agüenta, sofre e... Segue adiante.

Agradeça cada dia que amanhece

como uma nova oportunidade para fazer aquilo que ainda não tiveste coragem de começar.

Do princípio ao fim.

Prefira novos caminhos do que voltar a caminhos mil vezes trilhados.

Apaga o cinza de tua vida.

E acenda as cores que carregas dentro de ti.

Desperta teus sentidos para que não percas tudo de belo e formoso que te cerca. Contagia de alegria ao teu redor,

e tenta ir além das fronteiras pessoais a que tenhas chegado aprisionado pelo tempo.

Porém lembra-te:

a única pessoa que te acompanha a vida inteira és tu mesmo. Cerca-te daquilo que gostas: família, animais, lembranças, música, plantas, um hobby, seja o que for...

Teu lar é teu refúgio, porém não fiques trancado nele.

Teu melhor capital, a saúde. Aproveite-a Se é boa, não a desperdice; se não é, não a estrague mais.

Não se renda à nostalgia.

Sai à rua. Vá à uma cidade vizinha, a um país estrangeiro... Porém não viaja ao passado porque, dói!

Diz aos que amas,

que realmente os amas e faça isso em todas as oportunidades que tiver. E lembra-te sempre que a vida não se mede pelo número de vezes que respirastes, mas pelos momentos que teu coração palpitou forte: de muito rir... de surpresa... de êxtase... de felicidade... E sobretudo... de amar sem medida.

Há pessoas que transformam o sol em uma pequena mancha amarela, porém há também as que fazem

de uma simples mancha amarela o próprio sol.

Autor Pablo Picasso

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O Caminho da Vida O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. (O Último discurso, do filme O Grande Ditador)

Charles Chaplin

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Um senhor de idade avançada estava cuidando da planta com todo o carinho, quando um jovem aproximou-se dele e perguntou:

- Que planta é esta que o senhor está cuidando?

- É uma jabuticabeira - respondeu o senhor.

- E ela demora quanto tempo para dar frutos?

- Pelo menos uns quinze anos - informou o senhor.

- E o senhor espera viver tanto tempo assim? Indagou irônico o rapaz.

- Não, não creio que viva mais tanto tempo, pois já estou no fim da minha jornada - disse o ancião.

- Então, que vantagem você leva com isso, meu velho?

- Nenhuma, exceto a vantagem de saber que ninguém colheria jabuticabas, se todos pensassem como você...

Autor desconhecido

domingo, 18 de janeiro de 2009

Diversas religiões e tradições espirituais tem se manifestado sobre a crise ambiental que ameaça a vida no planeta.

Segue abaixo uma seleção de textos que confirmam a existência de uma teologia ambiental, e uma preocupação crescente dessas tradições em ratificar a presença do sagrado nas mais diversas manifestações de vida

“A destruição da natureza resulta da ignorância, cobiça e ausência de respeito para com os seres vivos do planeta.(...) Muitos dos habitantes da Terra: animais, plantas, insetos e até microorganismos que já são raros ou estão em perigo, podem tornar-se desconhecidos das futuras gerações. Nós temos a capacidade, nós temos a responsabilidade. Nós precisamos agir antes que seja tarde”. Sua Santidade, o Dalai Lama; “Uma Abordagem Ética da Proteção Ambiental”

João Paulo II, muitas vezes apelidado de "O Papa Ambientalista" questiona: "como ficar indiferentes diante das perspectivas dum desequilíbrio ecológico, que torna inabitáveis e hostis ao homem vastas áreas do planeta?". E acrescenta: "É urgente uma educação sobre a responsabilidade ecológica... O tema da proteção do Ambiente merece uma extrema atenção e reveste-se verdadeiramente de uma altíssima importância no momento atual da história e do desenvolvimento do nosso mundo moderno". (Pastoral da Ecologia e do Meio Ambiente /SP; Leia “COMPROMISSOS DA PASTORAL DA ECOLOGIA”)

“Há chance de salvamento. Mas para isso devemos percorrer um longo caminho de conversão de nossos hábitos cotidianos e políticos, privados e públicos, culturais e espirituais. A degradação crescente de nossa casa comum, a Terra, denuncia nossa crise de adolescência. Importa que entremos na idade madura e mostremos sinais de sabedoria. Sem isso, não garantiremos um futuro promissor”. (Leonardo Boff, “Saber Cuidar”, Editoras Vozes, página 17)

“A Terra produziria sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentar-se. Se o que ela produz não lhe basta a todas as necessidades , é que ele a emprega no supérfluo o que poderia ser empregado no necessário”. (Livro dos Espíritos; Allan Kardec,capítulo V, da Lei de Conservação)

“Toda Sexta-feira à noite começa o Shabat para a tradição judaica. Shabat é o conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção, inspirado no descanso divino no sétimo dia da Criação. Muito além de uma proposta trabalhista, entendemos a pausa como fundamental para a saúde de tudo o que é vivo. A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue. Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta” (...). (“Os domingos precisam de feriados”, rabino Nilton Bonder)

“Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, por um compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, pela rápida luta pela justiça e pela paz, e pela alegre celebração da vida”. (Carta da Terra , Paris, março de 2000)

Água na Bíblia: texto de Maria Inês Carniato, Bacharel em Filosofia, Mestra em Teologia, e especializada em Comunicação,é autora de livros didáticos de Ensino Religioso, na área de Diálogo inter-religioso e Ecumenismo. Atualmente é diretora de redação da revista Diálogo de Ensino Religioso.

O povo em defesa do meio ambiente

16/1/2009

Sociedade civil tem o poder de reverter processos que causam danos ambientais, diz estudo da USP

Tatiane Leal

A mobilização popular foi decisiva para a modificação do traçado da obra de construção de um poliduto (foto) que atravessaria a região de Ribeirão Preto, em São Paulo (foto: Lázaro V. Zuquete).

Com os problemas ambientais na pauta das discussões políticas mundiais, os líderes dos países têm sido levados a tomar decisões para frear o aquecimento global e a destruição da camada de ozônio. Mas uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) mostra que não só os governos têm poder de mudança nas questões ambientais: a participação da sociedade pode interferir no rumo de projetos que gerem impactos no meio ambiente.

A administradora Roseli Nunes Coletti, da Escola de Engenharia de São Carlos da USP, estudou a participação da sociedade civil nos instrumentos de política ambiental no Brasil. Coletti analisou quais fatores fazem com que a população consiga garantir que o bem-estar ambiental e social prevaleça sobre os interesses econômicos que, muitas vezes, são o foco das empresas.

“A sociedade tem uma força imensa em suas mãos, se ela souber utilizar”, afirma Coletti. A administradora ressalta que, para aumentar as chances de efetividade da participação social, é preciso que ela ocorra no início do processo. No caso da implantação de uma obra, por exemplo, a manifestação popular deve acontecer já na fase denominada zoneamento ambiental, quando se estuda a adequação do terreno ao projeto. Foi o que ocorreu na construção de um poliduto que atravessaria a região de Ribeirão Preto, em São Paulo. Um estudo feito pela USP na região mostrou que existia um trecho mais apropriado para a construção do poliduto do que o estipulado pela Petrobras, responsável pela obra. Se a construção fosse feita na área escolhida pela empresa, haveria diversos riscos para o meio ambiente.

Isso mobilizou a sociedade local – em especial entidades de proteção ambiental –, que solicitou uma audiência pública para resolver o problema. Apesar da relutância dos empreendedores, a atuação da população fez com que fosse aprovada a modificação no traçado da obra. “É fundamental que haja essa participação prévia, pois, depois que a obra já está em construção, é muito difícil reverter”, ressalta Coletti.

Conscientização necessária Embora qualquer cidadão possa opinar sobre as questões ligadas ao meio ambiente, apenas uma pequena parte da sociedade civil – aquela vinculada a organizações não governamentais, associações de moradores e líderes comunitários – é representada nessas decisões.

“Infelizmente, uma parcela muito pequena da sociedade é consciente acerca dos problemas ambientais”, lamenta Coletti. Ela acredita que a educação ambiental deve ser a base para reverter o quadro. “Temos notado uma modificação a partir das crianças, que, na escola, são estimuladas a pensar nas questões ambientais”, comemora. “Fora da escola, essa educação precisa acontecer por meio de campanhas e das próprias universidades, que devem esclarecer a população oferecendo cursos de extensão.“

Para Coletti, apesar do destaque dado pela mídia à questão ambiental, as pessoas ainda estão preocupadas somente com o que as afeta diretamente e esquecem dos problemas trazidos pela destruição do meio ambiente, que muitas vezes são de longo prazo.

“Acredito que, se o brasileiro sentisse no bolso, a sensibilização seria maior”, diz a pesquisadora. “Na Europa, se você não leva uma sacola para o supermercado, é necessário pagar por uma. Aqui no Brasil, gastamos inúmeras sacolas plásticas em cada compra. Não há uma preocupação com o destino final desses resíduos. Esse tipo de hábito precisa mudar.”

sábado, 17 de janeiro de 2009

NÃO CORRER DA SOMBRA

"Era uma vez um homem que desgostava tanto de sua sombra e era tão infeliz com seus próprios passos que resolveu deixá-los para trás. Disse a si mesmo - vou simplesmente fugir deles. Então levantou-se e começou a correr. Mas toda vez que dava um passo, sua sombra o seguia sem esforço algum. Voltou a dizer para si mesmo - preciso correr mais depressa. Então correu cada vez mais rápido, até cair morto. Se tivesse simplesmente procurado a sombra de uma árvore, teria se livrado de sua sombra. Mas ele não pensou nisso."

Hoje são poucos os que têm a idéia de simplesmente sentar à sombra de uma árvore. Muitos preferem correr de si mesmo, tal como o homem da história. Mas quem corre de sua sombra corre para a morte. Nunca atinge a tranqüilidade. Mas é essa a situação de muitas pessoas, que praticamente correm ao encontro da morte por puro medo de deparar com a própria sombra, de contemplar os lados menos agradáveis.

domingo, 11 de janeiro de 2009

A roupa de Gandhi

Mahatma Gandhi provou que a "roupa não faz o homem". Só usava uma tanga a fim de se identificar com as massas simples da Índia. Certa vez chegou assim vestido numa festa dada pelo governador inglês. Os criados não o deixaram entrar. Voltou para casa e enviou um pacote ao governador, por um mensageiro. Continha um terno. O governador ligou para a casa dele e lhe perguntou o significado do embrulho. O grande homem respondeu: - Fui convidado para a sua festa, mas não me permitiram entrar por causa da minha roupa. Se é a roupa que vale, eu lhe enviei o meu terno...

sábado, 10 de janeiro de 2009

Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta?" Dorival Caymi

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

EU ESTOU DE FÉRIAS DA VIDA,NÃO SEI QUANDO VOLTAREI!!!!
PARA QUEM É PAI/MÃE E PARA AQUELES QUE O SERÃO... Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos. É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados. Crescem sem pedir licença à vida. Crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância.Mas não crescem todos os dias de igual maneira. Crescem de repente. Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura. Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do Maternal? A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil. E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça! Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos. Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros. Ali estamos, com os cabelos esbranquiçados. Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas,das notícias, e da ditadura das horas. E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros. Principalmente com os erros que esperamos que não repitam. Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos. Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores. Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao Shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado. Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto. No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscina e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim. Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados. Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes". Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade. E que a conquistem do modo mais completo possível. O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto. Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam. "Aprendemos a ser filhos depois que somos pais. Só aprendemos a ser pais depois que somos avós..." (Affonso Romano de Sant'Anna)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

"Existem duas opções na vida:
Se resignar ou se indignar e eu, não vou me
resignar, nunca"
Darcy Ribeiro

domingo, 4 de janeiro de 2009

É claro que a vida é boa E a alegria, a única indizível emoção É claro que te acho lindo Em ti bendigo o amor das coisas simples É claro que te amo E tenho tudo para ser feliz Mas acontece que eu sou triste... Vinícius de Moraes

sábado, 3 de janeiro de 2009

ESSA NÃO É DE CLARICE LINPECTOR

Essa não é de clarice linpector É de lina franzin Para dizer para você que eu também não entendo Não clarice mas os pensamentos soltos para que você possa entender o que eu também não entendo posso brincar de descobrir desenho em nuvens posso contar meus pesadelos e até minhas coisas fúteis eu não entendo o medo o atropelo a falta de atenção ter olhos e não enxergar ter ouvidos e não ouvir não entendo ser e não ser. O medo do ser humano não entendo o saber sem compreender não entendo a contramão por isso eu compreendo sem entender clarice linpector. Lina Franzin

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

Clarice Lispector
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vocêsabeessa

EU SOU SIMPLESMENTE LINA.

PRECONCEITO

MEUS AMIGOS Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril. Oscar Wilde