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sábado, 29 de agosto de 2009

Eu quero que você me ame, Que você me chame, Quando precisar, Eu quero saber ir embora, Sem ter dia e hora, Pra poder voltar, Eu quero enquanto o tempo passa, Que você na raça, Saiba me ganhar, Eu quero ter a vida inteira, Pra fazer besteira, E você perdoar, O que eu sei hoje da vida, Até Deus dúvida, E eu vou te ensinar, Eu sei dizer tudo o que sinto, E até o que eu não sinto, Pra me disfarçar, Eu sei calar na hora exata, Eu sei que a dor não mata, Mas pode marcar, Eu sei traçar a minha meta, Ninguém é poeta, Por saber rimar. E por falar em poesia, Vai raiar o dia, Eu vou te buscar, Quero, juro de verdade, Que toda a cidade, Veja eu te levar, Por todos os meus descaminhos, Somos tão sozinhos, Que o melhor mesmo é se dar, Eu quero que você se dane, E mesmo que eu te engane, É assim que eu sei te amar.

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vocêsabeessa

EU SOU SIMPLESMENTE LINA.

PRECONCEITO

MEUS AMIGOS Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril. Oscar Wilde