Translate

terça-feira, 22 de março de 2011

Combate às Perdas hídricas: a solução para ampliar a oferta de água No decorrer da história da humanidade vimos a civilização ser formada e estruturada em regiões com oferta hídrica. Assim foi o caso dos egípcios cuja sociedade foi alicerçada às margens do rio Nilo; base do conhecimento filosófico da sociedade ocidental, a Grécia antiga desenvolveu suas cidades estados em meio a 33 deltas de rios que somam 327.100 hectares; Roma possui no Tibre a alma de sua fundação, relatada na lendária cena da história de Rômulo e Remo. Na nossa região não foi diferente. Os povoados que aqui se instalaram foram se constituindo nas proximidades de rios, córregos e riachos que cortam e formam as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (bacias PCJ). O crescimento desmesurado, com o boom da migração do campo para a cidade, verificado a partir da segunda metade do século XX, esgotou de forma crítica a disponibilidade hídrica da região. A poluição dos corpos d’água, o desenvolvimento industrial e fabril necessitando de uma maior oferta hídrica, e uma população com conceitos enraizados de água em abundância na natureza, acarretaram sérios problemas de disponibilidade hídrica pelo qual passamos hoje. Em 1989, meros 3% do esgoto jogado nos rios de nossa região eram tratados. Em diversos municípios grande parcela da população não tinha acesso a saneamento básico. Nossos mananciais estavam comprometidos pelo desmatamento das matas ciliares que protegem os leitos dos rios piorando a qualidade da água Em 21 anos de atuação, o Consórcio PCJ implantou uma cultura de gestão dos recursos hídricos que hoje é referência nacional e internacional. Por meio de um eficiente e premiado Programa de Educação Ambiental levamos à população a real situação de nossas bacias, cuja disponibilidade hídrica, na estiagem, é de 408 m3/habitante ano, comparável a dos países do Oriente Médio. Paralelamente à implantação de um sistema de gestão dos recursos hídricos, auxiliamos os municípios com projetos e termos de referência para a implantação de Estações de Tratamento de Água – que atingem mais de 90% da população da região – e de Estações de Tratamento de Esgoto, fazendo o índice de 3% de esgoto tratado saltar para 50% e com perspectiva de chegarmos a 2014 com 100% de esgoto coletado e tratado. Para 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu para debate no Dia Mundial da Água o tema “Água para as Cidades: respondendo ao desafio urbano”. Nós do Consórcio PCJ, ao longo desses anos todos estamos buscando alternativas para o desenvolvimento de nossa região sem comprometer nossos mananciais de abastecimento. O Plano de Bacias, aprovado pelos Comitês PCJ recentemente, desenvolvido e formatado pelo Consórcio PCJ/Agência de Água PCJ, prevê ações de recuperação e preservação de nossos rios levando em conta a disponibilidade hídrica sem comprometer o crescimento econômico. O desafio imposto pela migração das pessoas do campo para a cidade, ocasionando diversas regiões conurbadas, como é o caso na Região Metropolitana de Campinas, é o de prover água para a população e o setor industrial nos próximos anos. A alternativa? Combater às perdas hídricas nos serviços de abastecimento de água. Hoje nas bacias PCJ, 37% da água captada se perde pelo caminho até a estação de tratamento de água e dela para as casas dos consumidores. Esse índice já foi de 50%, mas com as inciativas e ações do Consórcio PCJ, através de encontros promovidos pelo Grupo Regional de Combate às Perdas Hídricas, fornecimento de termos de referências e apoio na captação de recursos financeiros para projetos no setor, alguns municípios conseguiram reduzir esse índice para menos de 20%. Essa é a saída que se desenha hoje para o desenvolvimento de nossa região com oferta de água suficiente para um desenvolvimento sustentável, sem comprometer nossos mananciais e também o crescimento econômico dos nossos municípios. Angelo Perugini Presidente do Consórcio PCJ

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Powered By Blogger

vocêsabeessa

EU SOU SIMPLESMENTE LINA.

PRECONCEITO

MEUS AMIGOS Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril. Oscar Wilde