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domingo, 13 de setembro de 2009

O ANALFABETO POLÍTICO Bertold Brecht - (1898-1956) (Traduzido em nova versão por Manekolopp) O pior dos analfabetos É o analfabeto político, Ele não ouve, não fala, Nem participa dos acontecimentos da nação. Ele não sabe o custo da vida, Do aluguel, da comida, do sapato e do remédio Na hora de votar, não cumpre seu dever de cidadão, Nem se lembra em quem votou. Ele não sabe que também, É responsável pelas decisões do governo. O analfabeto político é tão desinformado, que se orgulha e estufa o peito Dizendo que odeia a política. Ele não sabe que da sua omissão E da sua ignorância política Nasce a prostituta, o menor abandonado, E o pior de todos os bandidos, Que é o político corrupto, Pilantra, ladrão e lacaio Dos exploradores do povo E das quadrilhas que atuam no poder.

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vocêsabeessa

EU SOU SIMPLESMENTE LINA.

PRECONCEITO

MEUS AMIGOS Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril. Oscar Wilde