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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Maria era culta ou iletrada? Esta é outra questão que não é fácil de ser respondida. Nos dias de hoje dizemos que uma pessoa é culta se ela tem o hábito de ler e estudar, se tem muita informação intelectual. Entretanto, no que diz respeito ao primeiro século de nossa era o julgamento não pode ser feito desta forma. Neste século, o marcado pela vida física de Jesus, grande era o percentual de analfabetismo. Quase não haviam livros para serem lidos, e era caríssima a produção de um, desta forma, não era qualquer pessoa que tinha acesso a livros, sendo assim, poucos sabiam ler, e muito menos ainda os que tinham o hábito de estudar como fazemos hoje. Porém, não podemos dizer por isso que eram mal informados os habitantes da Palestina daquela época. O processo de aprendizado era diferente, o que tínhamos era uma cultura oral; as cartas de Paulo eram lidas na comunidade cristã através de uma leitura coletiva, muitos apenas ouviam o que este valoroso apóstolo escreveu. Tal hábito fazia com que a memória destes que se dedicavam ao estudo das escrituras fosse de grande capacidade, pois era preciso saber os textos de cor já que nem sempre era possível lê-los. Portanto, saber ler não era pré-requisito para se ter cultura. Além disso, em se tratando de uma mulher na palestina no tempo de Jesus, eram bem poucas as chances de que a ela fosse dada a oportunidade de saber ler. Assim, do ponto de vista de percentuais, grande é a chance de Maria não ter sido alfabetizada, o que não estamos querendo dizer com isso, que não tenha sido. Apenas dizemos de probabilidades. O que é certo, e podemos dizer com total segurança, é que a Mãe de Nosso Senhor tinha grande cultura, e muito mais ainda, uma cultura espiritual, uma espiritualidade inteligente. Muitos chegam a dizer que Maria teria sido educada no Templo, que era não só boa leitora, como também, boa redatora. É possível, porém, não certo. Não estamos querendo trabalhar com hipóteses. No tempo de Maria, o judaísmo não era simplesmente uma religião, era uma cultura. Entre os hebreus não se podia escolher a que religião seguir, simplesmente eram judeus. Não havia shoppings, cinemas, teatros, ou outras diversões quaisquer, o que havia era uma sinagoga, e que todos frequentavam, a sinagoga era a vida das pessoas. Nazaré era uma pequena cidade, a sinagoga deveria ser próximo de tudo, e era ali onde eles aprendiam e praticavam seus princípios de moral elevada. Como dissemos Maria era um Espírito elevado e sem comprometimentos no campo expiatório, por isso aprendia fácil, com certeza memorizava bem, e vivenciava o que aprendia, não era culta dentro de nosso padrão atual, era sábia. Por que podemos dizer isso com certeza? O Evangelho nos dá mostra disso a toda hora, e além do mais, Maria foi a educadora do maior Sábio de todos os tempos, e só isso bastaria para dizer que ela foi entre todas a melhor educadora. (continua no próximo estudo...) Autor: Claudio Fajardo de Castro (Juiz de Fora/MG)

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EU SOU SIMPLESMENTE LINA.

PRECONCEITO

MEUS AMIGOS Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril. Oscar Wilde