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domingo, 11 de dezembro de 2011

Cada dia um pobre velho entrava na igreja e poucos minutos depois saia. Um dia, o zelador desconfiado lhe perguntou o que fazia, pois na igreja havia muitos objetos de valor. - Venho orar, respondeu o velho. -Mas é estanho como é que você consegue orar em tão pouco tempo, lhe disse o zelador. -Bem – retrucou o velho – é que eu não sei orar essas orações compridas, mas todo o dia ao meio dia eu entro na igreja e só falo: “Oi Jesus, eu sou o Zé, vim te visitar”. Num minuto já estou de saída. É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que ele ouve. Certo dia Zé sofreu um acidente e foi internado num hospital e passou a e passou a ter uma influencia alegre sobre os demais doentes e muitos sorrisos haviam nos lábios dos outros companheiros da enfermaria. Conversando com ele a enfermeira lhe disse: -Zé, os outros gostam muito de você e dizem que você está sempre tão alegre... -É verdade enfermeira, estou sempre alegre, é por causa daquela visita que recebo todo dia, me faz feliz. A enfermeira não entendeu. A cadeira encostada na cama estava sempre vazia, o Zé era um velho solitário, sem ninguém. -Visita? Que visita? A que horas? -Todos os dias, - respondeu o Zé com um brilho nos olhos – todo dia ao meio dia ele vem, fica ao pé da cama, quando olho para ele, ele sorrir e me diz: “Oi Zé, eu sou Jesus, eu vim te visitar!”.

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vocêsabeessa

EU SOU SIMPLESMENTE LINA.

PRECONCEITO

MEUS AMIGOS Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril. Oscar Wilde