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domingo, 11 de dezembro de 2011
Escrito por Victor Rebelo - (RCE - Setembro de 2011)
A doutrina espírita surgiu com base nas pesquisas e experimentações – apesar de não serem reconhecidas pela Ciência – de Allan Kardec, o codificador.
Muitas informações que ela nos traz não são novas. Vários povos, nos mais distantes pontos do planeta e em diversas épocas, já eram possuidores de certas revelações trazidas pelos espíritos, pois a mediunidade não é exclusividade do Espiritismo. Por isso, a Revista Cristã de Espiritismo, apesar de ter como ponto de partida a codificação, também procura apresentar outros conceitos espiritualistas, a fim de que o leitor possa aprofundar seus conhecimentos gerais na área da espiritualidade.
No Oriente, sempre se buscou o contato interior com a espiritualidade, mas a mentalidade materialista do Ocidente, aguçada pelos avanços científicos do Século XIX, não aceitava nenhuma religião que não passasse pelo mesmo processo de investigação empírica da Ciência. Por isso, foi instaurado, na América e Europa, partindo do mundo espiritual, o movimento espírita, com o objetivo de, à princípio, provar cientificamente, pelos fatos que se apresentavam, a existência do mundo espiritual e dos espíritos. Uma vez demonstrada sua realidade, viria o objetivo mais nobre desta doutrina: consolar a alma humana!
William Crookes, Ernesto Bozzano, Léon Denis, Kardec – além de outros grandes pesquisadores – analisaram as comunicações com os espíritos, atestando sua veracidade. Hoje, raros espíritas realizam pesquisas; alguns, através da Transcomunicação Instrumental, vêm obtendo bons resultados.
Assim também é com as práticas e técnicas de projeção astral. Para os “kardecistas” – ou seja, dogmáticos – já demonstramos que Kardec jamais condenou sua prática (veja no capítulo sobre Emancipação da Alma, em O Livro dos Espíritos). Muito pelo contrário: colocou a projeção fora do corpo como algo natural, uma capacidade do espírito, independente de religião. Até os animais se projetam!
Portanto, seja através de pesquisas ou por meio de técnicas e práticas individuais, precisamos manter um contato mais direto com os espíritos. Ainda que nem todos sejamos médiuns ostensivos, todos sentimos em maior ou menor grau a influência dos espíritos. Práticas de bioenergia, técnicas para desenvolver a clarividência... tudo isso independe da mediunidade em si.
Claro que o desenvolvimento da nossa sensibilidade parapsíquica deve ser natural, com muito estudo e acompanhamento, mas, não basta praticarmos um “Espiritismo sem espíritos”. Estudar ou saber de cor os conceitos espíritas é pouco. Transcenda seus limites! Exerça sua mediunidade, procure aprender sobre projeção astral, aprenda técnicas para harmonizar a aura ou desenvolver a clarividência... Os que nunca se aprofundaram vão dizer que é perigoso. Não desista! Ao contrário, procure ler a respeito e busque aprender com quem tem experiência.
Cabe a cada um de nós tirarmos grandes lições para o nosso crescimento e servirmos como ferramentas mais úteis ao progresso da humanidade.
Paz, Amor e Harmonia!
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EU SOU SIMPLESMENTE LINA.
PRECONCEITO
MEUS AMIGOS
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde
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