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sábado, 9 de janeiro de 2010
A ciência antes da Revolução Científica
Na Grécia , os deuses e os heróis eram usados para explicar certos fenômenos sociais e manter a ordem no mundo moral e físico.Naquele período vigorava o sistema escravista e o trabalho manual era desvalorizado.
Era valorizada a atividade intelectual contemplativa desassociada da prática que é superior. Estes se dedicavam a filosofar, não precisavam se preocupar como dia a dia podiam se entregar ao ócio isto é: ficavam sem fazer nada , só filosofando.
O interesse do fator político tinha prioridade na filosofia, embora; Platão e Aristóteles tenham refletido algumas questões sociais. O objetivo de estudo era político e moral,buscavam estabelecer normas e regras para a vida social, estavam mais preocupados em refletir sobre o que as sociedades deveriam ser e como deveriam se organizar para se aproximarem da perfeição.
Na idade média o pensamento social anterior a Cristo.Por isso fora dos preceitos do cristianismo, ficaram confinados no convento, só os teólogos (bispos,, padres, etc.) tornando inacessível ao resto da sociedade, tudo era atribuído à vontade de divina e à natureza das coisas , assim justificavam a diferença entre indivíduos.
No século V depois de Cristo, Santo Agostinho um dos maiores importantes teólogos católicos escreveu A cidade de Deus contando a história da humanidade desde a criação até os aqueles dias definindo a missão dos cristãos perante a sociedade da época. Explicava as razões de a ordem social ser como era. Os teólogos estavam mais preocupados com discussões, tudo girava em torno da igreja católica que monopolizava o pensamento da época, apelavam constantemente à autoridade e ao dogma religioso, a sociedade não era pensando no seu todo.
A sociedade era estática quase não existia mobilidade social, dificilmente um indivíduo tinha chance de sair de uma posição para outra. Acreditava-se que os “eleitos” por Deus (clero,nobreza,aristocracia,reis) havia nascidos para realizar determinadas atividades e outros como (servas, camponeses, artesãos,comerciantes) vieram para servir os “escolhidos”.
Fenômenos naturais como: enchentes, relâmpagos,raios,etc. eram atribuídos a manifestação de ira e descontentamento divino.
A ciência inexistia .
A partir dos séculos XV,XVI e XVII ocorreram na Europa mudanças na forma de conceber e pensar a natureza, a sociedade e a própria humanidade (renascimento, reforma protestante,grandes navegações,descobrimento da América) que contribuíram para separação da sociedade feudal e o surgimento do capitalismo.
No século XV, com a expansão marítima e o descobrimento das índias e da América, desenvolvem-se novos mercados, amplia-se os comércios, cria-se condições para o desenvolvimento científico e tecnológico aumentando os horizontes humanos.
A percepção de um mundo territorialmente maior, outros povos , outras culturas,exige dos europeus um modo novo de ver e pensar a sociedade e a natureza das coisas.
Dentre os grandes pensadores daquela época , estava Erasmo de Rotterdam (1467-1536) rejeitava a monarquia hereditária e defendia a autoridade do príncipe, combateu a ignorância monástica e os absurdos da igreja.
Outro grande pensador da política foi Nicolau Maquiavel (1469 – 1527) que em sua obra O Príncipe inaugurou o pensamento político moderno com a teoria sobre arte da conquista e da preservação do poder chamando atenção de que a lógica de que a luta pelo poder não obedece à moral religiosa dominante já que admite o uso da violência da mentira e da manipulação, como armas de luta política.
No século XVI, ocorre a Reforma Protestante, que permite aos homens a livre leitura das escrituras sem intermediação da igreja, isso gera conflitos com o monopólio do Clero contribuindo assim de forma significativa a valorização do conhecimento racional.
A partir do renascimento os fenômenos sociais passaram a ser tratados com mais realismo. A humanidade já sabe que a Europa não é o centro do universo e que há os espaços para emergência do conhecimento científico.
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EU SOU SIMPLESMENTE LINA.
PRECONCEITO
MEUS AMIGOS
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde
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