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domingo, 20 de dezembro de 2009


Arruda

Vejam como as coisas mudam! Minha mãe sempre me disse: que Arruda espanta o azar,afasta mal olhado,inveja ,olho gordo,essas coisas que diziam antigamente.Pois é; mas hoje Arruda é um perigo! É caso de polícia,cuidado com "esses" Arrudas! Por causa deles existem: crianças abandonadas,menores drogados ,povo miserável ,infeliz, impostos e mais impostos,desemprego, prostituição,favelas,fome, analfabetismo,educação de péssima qualidade,saúde precária.
Sem terras, sem casas,sem comida,sem trabalho,sem diversão,sem cultura,sem...
Peraí ...
Acho que estou exagerando um pouco,existem os remediados: remédio para dor de cabeça,dor nas costas,dor nas pernas,artrites,artroses,osteoscleroses, cânceres etc,etc, etc...
Bom mãe; se Arruda no seu tempo espantava tudo que era ruim,hoje as coisas mudaram.
Aquela mania de colocar Arruda atrás da orelha para se proteger , já não está valendo mais.Lugar de Arrudas é atrás das grades.Aliás se colocassem os Arrudas atrás das grades,estariam resolvendo TODOS os problemas crônicos do Brasil.


Li Chaves

Publicado no Recanto das Letras em 20/12/2009
Código do texto: T1987237

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vocêsabeessa

EU SOU SIMPLESMENTE LINA.

PRECONCEITO

MEUS AMIGOS Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril. Oscar Wilde