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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Qui-
zera .
Senhor,
neste dia
armar uma ár-
vore dentro do
meu coração e nela
pendurar, em vez de
folhas , os nomes de
todos os meus amigos. Os

amigos de longe e de perto.
Os antigos e os mais recentes. Os que
vejo a cada dia e os que raramente
encontro. Os sempre lembrados e os que,
às vezes, ficam esquecidos. Os constantes
e os intermitentes. Os das horas difíceis e os das
horas alegres. Os que, sem querer, eu magoei ou, sem
querer, me magoaram. Aqueles a quem conheço profunda-
mente e aqueles de quem não me são conhecidos a não ser as aparências.
Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo. Meus amigos

humildes e meus amigos importantes. Os nomes de todos os que já passaram pela
minha vida . Uma árvore de raízes muito profundas para que seus nomes

nunca mais sejam arrancados do meu coração. De ramos muito extensos

para que novos nomes, vindo de

todas as partes, venham juntar-se

aos existentes. De sombra muito
agradável para que nossa amizade
seja um momento de repouso nas
lutas da vida.
Têm pessoas que entram em nossa vida e não são apenas amigos, mas verdadeiros irmãos

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vocêsabeessa

EU SOU SIMPLESMENTE LINA.

PRECONCEITO

MEUS AMIGOS Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril. Oscar Wilde