LICHAVES Basta ser sincero e desejar profundo,você é capaz de sacudir o mundo!!! Tente...
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segunda-feira, 27 de julho de 2009
Valor
Se as pessoas não reconhecem o valor de uma jóia, não se preocupe.
Valorize-se! Aqueles que esperam ser reconhecidos pelos outros não se
valorizam. O desejo de reconhecimento reduz o seu valor.
Deus diz: Filho, não se esqueça de que um diamante não pode ficar escondido.
Você não pode cobrir o sol. O sol certamente vai brilhar.
Sentir-se negligenciado não é correto. Então olhe para si mesmo, cheque seu
estado interno e aumente o brilho da jóia.
BK Sudha
Muita energia positiva para você.
domingo, 19 de julho de 2009
sábado, 18 de julho de 2009
domingo, 5 de julho de 2009
Mensagens

quinta-feira, 2 de julho de 2009
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade,
à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
- Ei, mendigo, sai daí. Aqui não é lugar de vadiagem, não.
- Na verdade estou esperando pra falar com o presidente
- Sai daí, rapaz! Quer tirar uma com a minha cara?
- Eu não tenho mais pra onde ir, então vim aqui.
- Por que não procura uma ponte pra ficar, ou uma esquina pra pedir esmola?
- Não tem disso aqui em Brasília, mas de onde eu vim já fiz tudo isso.
- E o que é que você tá fazendo aqui?
- Como eu disse, vim falar com o presidente. Se ele não respeitar a
Constituição, eu rasgo essa porcaria. Li aqui que é um direito social
a assistência aos desamparados, e eu definitivamente sou um
desamparado.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição.
- Onde você arranjou esse livro?
- Achei no lixo.
- E desde quando mendigo lê Constituição?
- Nem sempre fui mendigo. Tenho educação. Primário, mas tenho... Era o
primeiro da classe, mas tive de sair pra cuidar da minha mãe, trazer
dinheiro pra casa. O médico disse que ela tinha uma doença de nome
estranho aí, e que tinha de tomar uns remédios caros... Ainda tentei
ficar na escola e pedir dinheiro no sinal à noite, mas ficar o dia
todo dava o dobro de dinheiro, e eu precisava daquilo pra minha mãe.
Mês sim mês não conseguíamos comprar os tais remédios, e a saúde dela
foi ficando cada vez mais fraca, mas ela resistia bravamente.
Os meus colegas de "trabalho" descobriram que podiam aumentar bastante
a renda roubando alguns passageiros, em engarrafamentos, mas minha mãe
sempre me disse pra nunca, em hipótese alguma, fazer isso. Ela estava
certa, não podia correr o risco de "rodar" e deixar minha mãe sozinha.
E alguns dos meus colegas "rodaram" feio...
Minha mãe então piorou e "apagou". Depois de horas esperando
atendimento, tudo o que fizeram no hospital foi botar ela no soro e
mandá-la pra casa. Ao menos o soro era de graça. A vizinha é que
trocava os tubos. Depois descobri nesse livrinho que todo cidadão tem
direito a saúde. Há. Se a idéia de saúde for soro, tudo bem, mas não é
que parece ao se ler...
Art. 196º A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Aí descobri com uns caras um esquema que dava dinheiro sem precisar
roubar. Bastava trepar com uns gringos que eles pagavam até em dólar.
- Pô, vc deu pros caras?
- Dei, comi... na minha situação não dava pra escolher. Com o dinheiro
consegui dar mais tempo de vida à minha mãe. Ela até chegou a recobrar
a consciência, mas ficou meio lelé com o "apagão". Disseram que foi
por falta de socorro... da minha parte é que não foi! Se eu tivesse
lido esse livrinho antes, talvez até eu pudesse reclamar no
hospital... mas que diferença faria na prática? Nunca vou saber. Minha
mãe morreu praticamente sem assistência do Estado. Não fosse eu e as
vizinhas... Mas pelo menos minha mãe não teve de ver o filho ser a
vergonha do bairro. Quando descobriram que eu fazia michê pra gringo,
quiseram me bater, me violentar e me matar. Tive de fugir com a roupa
do corpo.
Art. 5º XXII É garantido o direito de propriedade.
- Viver na rua não é fácil. Mas fui vivendo de favores aqui e ali,
alguma comida que davam, uma roupa doada, mas não aparecia nenhuma
oportunidade de trabalhar. Até que achei esse livro. Fui na
prefeitura, e riram na minha cara. Na Assembléia Legislativa, não
consegui nem entrar. Então pensei: esses políticos é que são tudo um
bando de corruptos sangue-sugas, talvez em outro estado eles respeitem
os direitos do cidadão. Consegui carona - não me pergunte como - com
caminhoneiros e rodei por muitos lugares, mas em nenhum fui tratado
como cidadão. Foi então que eu vim praqui, pra Brasília, tentar com a
única pessoa que eu acho que poderia se sensibilizar. Afinal, ele teve
uma vida difícil, já foi pobre como eu. Não vim aqui atrás de esmolas.
Vim aqui atrás de dignidade. Quero trabalhar, quero estudar, quero ter
o que é meu sem roubar, mas pra isso é preciso dar um mínimo de
condições.
- Rapaz, eu sou só um segurança, mas juro que se eu pudesse, lhe
colocava na frente do Presidente... mas o fato é que meu superior não
vai gostar nadinha de ver você por aqui... você me entende, não?
Agora, por favor, vai andando...
- ...
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EU SOU SIMPLESMENTE LINA.
PRECONCEITO
MEUS AMIGOS
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde